De 18 a 21 de novembro, o Projeto “Cartografia da Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (EAUFPA), irá realizar uma programação especial em alusão ao Dia da Consciência Negra. A programação, que será virtual, contará com debates, lançamento de livro e um show musical com a cantora Mariza Black. Para acompanhar as transmissões ao vivo, acesse o canal do Projeto na plataforma YouTube.

O objetivo do evento é promover o debate e a reflexão da importância do povo e da cultura africana na construção do Brasil. A programação também visa enfatizar as formas de combater o preconceito, discutindo e valorizando a presença negra na construção da sociedade brasileira.

“Formamos alunos que discutem e denunciam o preconceito da sociedade brasileira sobre a população negra do país. Os alunos afrodescendentes conseguem perceber seu valor, reforçam sua autoestima como negro, valorizando sua corporeidade. Já os alunos brancos e pardos constroem a consciência de que o racismo e toda e qualquer forma de exclusão são um crime contra a humanidade e passam a atuar contra essas práticas. Promovemos um ensino que valoriza a diversidade e reconhecem-na como um bem social”, explica Antônia Brioso, coordenadora do Projeto “Cartografia da Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, da EAUFPA.

Dia da Consciência Negra – Instituído pela Lei 10.639, em seu artigo 79-B, e integrado ao calendário escolar, o Dia da Consciência Negra foi lançado nacionalmente em 1971 pelo Grupo Palmares de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em novembro de 1978, o Movimento Negro Unificado (MNU) estabeleceu o Dia Nacional da Consciência Negra em 20 de novembro, data que remete à morte do líder negro Zumbi dos Palmares, símbolo nacional de luta e de resistência negra.

“Evocar o ‘20 de novembro’ significa manter viva, na memória dos brasileiros, a luta do povo negro contra a escravidão, à qual foram submetidos, e a permanência do racismo que os violenta cotidianamente. A data é um dia de denúncia da exclusão e do racismo estrutural da sociedade brasileira contra o povo negro e também de lembrar que a escravidão existiu, acabou há mais de um século, mas, ainda assim, permanece a exclusão social e econômica da população negra”, expõe a professora Antônia Brioso.

Projeto Cartografia – O Projeto de Extensão “Cartografia da cultura afro-brasileira e indígena: uma experiência de educação intercultural na 2ª série do ensino médio da EAUFPA” teve início em 2012 e, desde então, promove a iniciação científica de estudantes da Escola de Aplicação da UFPA, discutindo a questão étnico-racial brasileira.

Tem como seus objetivos centrais a educação para as relações étnico-raciais e o enfrentamento do racismo, da exclusão, do preconceito, da intolerância, da opressão e das desigualdades sociais em suas mais diversas manifestações dentro e fora do espaço escolar. Estruturado a partir de uma metodologia reflexiva e ativa, que possibilita o agenciamento de professores e estudantes, promove a transformação da mentalidade dos participantes, o protagonismo estudantil e a valorização e o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, de gênero e cultural de modo geral.

Serviço:

Semana da Consciência Negra da EAUFPA

Data: 18 a 21 de novembro

Horário: a partir das 17h

Transmissão via YouTube, pelo canal do Projeto.

Mais informações podem ser consultadas na página do Projeto Cartografia no Facebook.

Texto: Adams Mercês – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Divulgação do Projeto