Com o intuito de demonstrar a navegabilidade do Rio Sapocajuba, afluente do Rio Guamá, na Universidade Federal do Pará, o Observatório da Costa Amazônica (OCA), projeto sediado no Laboratório de Pesquisa em Monitoramento Ambiental Marinho da UFPA (LAPMAR), promoverá uma navegação pelo rio com embarcações elétricas produzidas por alunos da Engenharia Mecânica da Universidade. A demonstração ocorrerá na próxima quinta-feira, 12 de dezembro, a partir das 8h. O ponto de encontro será em frente ao prédio da Faculdade de Farmácia, no Setorial da Saúde.
A ideia é conectar tecnologia e sensibilização ambiental, atraindo olhares para o rio. “Os barcos elétricos são revolucionários e demonstram, em parte, a transição energética que estamos vivendo”, defende Sury Monteiro, coordenadora do Eixo Social do Observatório da Costa Amazônica. A programação é voltada para alunos das Faculdades de Oceanografia, Engenharia Mecânica e Terapia Ocupacional, no entanto a exposição será aberta para toda a comunidade.
O Rio Sapocajuba recorta a Universidade entre o Setorial Profissional e o da Saúde, no Campus Guamá da UFPA e, por anos, não era reconhecido como um rio. Em 2021, foi iniciado um trabalho de “descortinamento” do rio, para demonstrar que ele existe e oferece uma grande diversidade para dentro da UFPA. O projeto recupera o rio entre a ponte de veículos e o portão 4 da Universidade e busca desenvolver ações de transformações nas margens por meio de tecnologias sociais, levando em consideração o “trabalhar” da natureza por intermédio de práticas sustentáveis e integrativas de baixo custo.
Atividades – Na programação da demonstração, os barcos de nautimodelismo serão colocados no rio às 7h30 da manhã, logo em seguida, às 8h, haverá uma explicação sobre o processo de revitalização do rio e, então, terá início a navegação. A programação também incluirá a apresentação das múltiplas práticas realizadas na revitalização do rio.
“A navegação é um dos meios de transporte mais importantes que temos no nosso estado e, por isso, os rios são essenciais para nossa sociedade e economia. Neste sentido, apresentar novas tecnologias, como as embarcações elétricas, produzidas por estudantes da UFPA, demonstra o reconhecimento das potencialidades dos nossos rios e a capacidade científica que temos aqui, na UFPA”, destaca Sury Monteiro. “Nossos rios não são canais, não devem ser retificados. Eles são vivos, eles sustentam vida (aves, peixes, crustáceos) e podem ter suas potencialidades aproveitadas de diferentes formas, desde que consigamos alinhar conhecimento, tecnologia e natureza”, alerta.
