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TAMANHO DA FONTE

Projeto da UFPA leva informações sobre doenças raras para escolas de Belém

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta uma lista de enfermidades que afetam parcelas pequenas da população, cerca de 1,3 indivíduos para cada grupo de 2 mil indivíduos saudáveis, e são chamadas de Doenças Raras, que podem ter origem genética, ou não genética, atuam de maneira degenerativa e não apresentam cura, mas muitas possuem tratamentos. Para esclarecer e promover a divulgação de informações sobre essas doenças raras que, apesar de pouco diagnosticadas, afetam a vida de muitos indivíduos e seus familiares, a Liga Acadêmica de Doenças Raras da Universidade Federal do Pará (Ladora/UFPA) tem visitado diversas escolas de Belém para a troca de conhecimento com os estudantes.

A Ladora foi fundada em 2016 como uma proposta de unir discentes e pesquisadores de múltiplas áreas para divulgar informações e promover a conscientização a respeito de doenças pouco conhecidas pelo público geral. Para isso, são realizados encontros com estudantes de graduação e pós-graduação das diversas áreas do conhecimento para promover atividades multidisciplinares, bem como iniciativas de visitas às escolas públicas para a realização de palestras para estudantes do ensino médio.

“Promovendo o conhecimento e o diálogo sobre essas doenças que são pouco difundidas, nós podemos pensar em uma sociedade mais inclusiva e que não só produza trabalhos acadêmicos sobre o assunto, mas também que seja mais consciente e ativa na promoção da qualidade de vida das pessoas com doenças raras, e evitar décadas de doenças sem cuidados adequados por simplesmente não saber o que são”, informa Marcella Montenegro, vice-presidenta da Ladora.

Entre as atividades de conscientização desenvolvidas pelo projeto, estão palestras expositivas, visitas a escolas e institutos, simulações de ambientes laboratoriais e produção de materiais didáticos informativos. Durante as palestras, é utilizada uma metodologia ativa, com termos simplificados, para tornar o aprendizado mais fácil e acessível para todos.

“A ‘Ladora nas Escolas’ foi uma forma de dialogar as doenças raras com as matérias de Biologia abordadas no ensino médio. Ao compartilharmos esta riqueza de informações, não esperamos gerar especialistas na área, mas sim pessoas que saibam conhecimentos básicos que impactam o dia a dia na realidade em que vivem e, quem sabe, ser agente na promoção da qualidade de vida de pessoas sem diagnóstico”, afirma Marcella Montenegro, doutoranda do Programa de Pós-Graduação de Farmacologia e Bioquímica.

Nos encontros, são compartilhadas informações sobre os centros de diagnósticos de doenças raras presentes na Região Metropolitana de Belém, como acessar a rede de saúde específica para essas doenças, quais os sinais e as formas de identificar essas enfermidades, os tratamentos, entre outras coisas. Além disso, também são apresentadas informações de cunho social, sobre direitos e outros serviços públicos disponíveis para as pessoas diagnosticadas.

“Eu diria que essa experiência é um desafio divertido de se fazer. Sempre é trabalhoso adaptar um conhecimento acadêmico específico e tentar adequar para que se torne acessível ao público de fora da universidade, mas, ao mesmo tempo, é interessante por ser um trabalho que te força a pensar em outras perspectivas sobre o mesmo assunto. Também acaba sendo gratificante quando você consegue pôr em prática o planejamento e vê o retorno positivo desses jovens”, Victor Henrique Botelho Lourenço, diretor de Extensão na Ladora.

Como Participar – Escolas de ensino médio que tiverem interesse em receber a visita da Ladora podem realizar o contato pelo e-mail ladora.ufpa@gmail.com ou pela página do Instagram ladora.ufpa. A Liga Acadêmica também é aberta para voluntários de diversas áreas do conhecimento. Os interessados em participar podem realizar o contato por meio das plataformas apresentadas anteriormente.

Texto: Jambu Freitas – Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Foto: Divulgação

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