O Projeto de Extensão “Solo Pai D’égua” tem levado conhecimento científico sobre solos para estudantes da educação básica, por meio de atividades experimentais e interativas que reforçam a importância desse recurso para o cotidiano e para o meio ambiente. Vinculado à Faculdade de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Pará (FEF) do Campus Altamira, o projeto reafirma o compromisso da UFPA com a educação básica e a popularização da ciência, em uma ação que é totalmente gratuita.

Para promover a educação em solos, o projeto atua no desenvolvimento de materiais e experimentos didáticos adaptados às escolas, de forma que os próprios acadêmicos também estejam preparados para atuar em ações extensionistas e para estabelecer um canal permanente de diálogo entre Universidade e comunidade escolar. A iniciativa colabora não só com a formação básica e a aprendizagem das(os) estudantes das escolas, mas também com a formação técnica e cidadã dos discentes universitários envolvidos, vivenciando, na prática, a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. 

“Desde a graduação, participei de projetos de extensão em educação em solos e vi, na prática, como esse tema costuma ficar distante do cotidiano dos estudantes. Daí veio o desejo de transformar esse conhecimento em uma experiência local, simples, mas envolvente e significativa”, conta o coordenador do projeto, professor Jaime Junior.

O projeto parte do entendimento de que a educação em solos ainda enfrenta desafios no ensino básico, como a carência de materiais específicos e a pouca vivência prática em sala de aula. A iniciativa tenta suprir essa lacuna ao integrar teoria e prática, envolvendo áreas como pedagogia, biologia, química, geografia e educação. Além disso, o projeto promove a aproximação entre a Universidade e a sociedade, contribuindo, também, para as novas práticas pedagógicas de professores da educação básica.

De acordo com o coordenador, o projeto busca suprir as lacunas ainda existentes, proporcionando experiências diretas com experimentos sobre solos, conectando teoria à prática. “Como aproximação, o projeto faz a Universidade sair de seus muros e estar presente no território, estimulando a troca de experiências com as escolas e contribuindo para uma formação ambiental mais sólida”, declara.

Educação ambiental – Para solicitar a visita do projeto, basta um representante da escola interessada em receber a visita entrar em contato com a Universidade, por meio do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, da Faculdade de Engenharia Florestal, ou pela página do projeto, ou pelo e-mail jaime@ufpa.br, informando o nome da escola, o responsável pelo contato e um telefone ou e-mail para contato. Por meio desse primeiro contato, o projeto marca uma visita à escola, para definir o espaço e acertar a data do encontro. 

Em suas ações, o projeto leva palestras, oficinas e atividades experimentais e interativas que abordam a formação do solo, suas funções ecológicas, conservação e uso sustentável, além de temas locais, como a importância dos solos amazônicos. Essas ações ainda incluem demonstrações e conversas que aproximam o conhecimento dos estudantes às pesquisas desenvolvidas na Universidade.

Atualmente, o projeto só funciona em Altamira, mas possui uma parceria com o Campus Capanema da Universidade Federal Rural da Amazônia, que desenvolve um projeto-espelho, replicando a mesma proposta. “Também temos o sonho e o planejamento de ampliar para outros municípios da região, alcançando mais escolas”, almeja Jaime Junior.