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TAMANHO DA FONTE

Projeto envolve comunidades em ações para a promoção da conservação da biodiversidade

Com o objetivo de executar ações integradoras e participativas sobre impactos das mudanças climáticas na saúde em comunidades tradicionais no Brasil, no Peru e em Moçambique, uma rede de instituições, que inclui a Universidade Federal do Pará (UFPA), está desenvolvendo o Projeto IntegraClima. O projeto propõe o empoderamento de comunidades locais, a promoção da conservação da biodiversidade e o fortalecimento do conhecimento científico como formas de redefinir as fronteiras entre ação climática e responsabilidade social. Entre os municípios com comunidades estuarinas-costeiras beneficiadas pelos estudos do projeto, estão: Augusto Corrêa, Bragança, Tracuateua e Viseu (Brasil).

Hoje, o IntegraClima utiliza o Sistema Aberto de Observatórios para Visualização de Informações (Visão) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), para armazenamento de dados abertos sobre clima, saúde, biodiversidade e cobertura da terra, os quais são organizados e utilizados para gerar visualizações de zonas de riscos à saúde, tendo como alvo as notificações de doenças, como dengue, malária, esquistossomose, leishmanioses e raiva. A expectativa é que, no futuro, haja uma transferência de aprendizados e produtos desenvolvidos para que comunidades de Moçambique e do Peru também possam ser beneficiadas. 

“O Projeto IntegraClima inova ao adotar uma abordagem integrada para a resiliência climática. Ele tem utilizado, aperfeiçoado e desenvolvido ferramentas digitais e de educomunicação para disseminar conhecimento, combater a desinformação e fortalecer a conscientização sobre a ação climática, biodiversidade e saúde. Ele está auxiliando numa redefinição entre ação climática e responsabilidade social por meio da promoção de discussões de temas relevantes para todos que integram o ambiente, do empoderamento das comunidades estuarino-costeiras, do fortalecimento da conservação da biodiversidade e do conhecimento científico. Todos nós vivemos no mesmo planeta e devemos compreender o equilíbrio socioambiental e cooperar com ele”, explica o professor da UFPA Aldemir Branco. 

Foto posada de um homem e uma mulher, ambos vestem camisas brancas e seguram cartazes com informações sobre oficinas realizadas no IntegraClima. Nos cartazes, a esquerda para direita diz "Manguezais Amazônicos" e "Mudanças Climáticas".

Atividades de integração – O IntegraClima tem promovido oficinas de experimentação, cocriação e prototipagem, como laboratórios abertos de inovação social executados de forma coletiva para expor e discutir temáticas, e criar e elaborar materiais. A dinâmica desses laboratórios está baseada em chamadas de potenciais atores sociais (agentes comunitários e profissionais de saúde que atuam nas comunidades estuarino-costeiras, pescadores, membros da comunidade e tomadores de decisão) para participar das oficinas, as quais têm sido realizadas de forma didática, sob olhar de uma Educação para o Desenvolvimento Sustentável, em que os participantes identificam e discutem problemas e criam conteúdo a ser sistematizado e utilizado para a produção de material de comunicação educativo. 

As oficinas têm abordado temas como: Letramento climático e ODS13; Desmitificando a Política Nacional sobre Mudanças Climáticas; Do Datasus até minha comunidade: governança de dados para estratégias e políticas públicas; Combate às fake news com IA; Clima, biodiversidade e saúde. A acessibilização e a popularização dessas informações ainda podem ser amplificadas por meio de diferentes produtos e canais de mídia, principalmente se propagadas em ferramentas digitais, como YouTube e Instagram, e em aplicativos de mensagens, como WhatsApp e Telegram. 

De acordo com o professor Aldemir Branco, combinar o desenvolvimento científico e tecnológico com o engajamento comunitário e a educomunicação é uma forma de gerar impactos duradouros, uma vez que se cria uma aproximação entre os diferentes atores essenciais para a preservação do ambiente. Esse modelo holístico coloca a todos no centro da ação climática, garantindo que os esforços de conservação sejam informados pelas experiências vividas por quem está na linha de frente. 

Parcerias – Com a coordenação dos professores Marcus Fernandes e Aldemir Branco, e  mais os pesquisadores Indira Eyzaguirre e Yago Martins, o Projeto IntegraClima envolve diversas instituições nacionais e internacionais, além da UFPA, como: Associação Sarambuí, Universidade do Estado do Pará, Universidade de São Paulo, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Referência em Informação Ambiental, Associação Zamboanza (Moçambique), Universidade Licungo (Moçambique), Organização Resiliência Inovadora (Peru) e Universidad Nacional de Tumbes (Peru).Ele conta, ainda, com o suporte do CNPq e o financiamento do Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde e do Ministério da Saúde (Decit/SECTICS/MS).

TEXTO: Nilmara de Melo - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

FOTOS: Divulgação

Relação com os ODS da ONU:

ODS 4 - Educação de QualidadeODS 13 - Ação Contra a Mudança Global do ClimaODS 17 - Parcerias e Meios de Implementação

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