Para incentivar o ingresso de mais meninas nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), o Projeto Meninas na Tecnologia-Conexão Norte, Sul e Nordeste abriu um edital de participação de grupos formados por meninas. As inscrições seguem até o dia esta terça-feira, 8 de abril, por meio de formulário digital de participação. O projeto contribui diretamente com o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – Igualdade de Gênero (ODS 5) proposto pela Organização das Nações Unidas(ONU), ao buscar igualar a participação feminina com a masculina no Brasil.
Reunindo as instituições federais de ensino do Pará, do Piauí e de Santa Catarina, a proposta do projeto é formar uma rede de Instituições de Ensino Superior para o desenvolvimento de ações que visem estimular o interesse, o ingresso, a formação e a permanência de meninas e mulheres nas carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e Computação no Brasil. Dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostram que, mundialmente, apenas 35% de todos os estudantes da área de STEM são mulheres.
“Esta parceria com outras Instituições de Ensino Superior, como a UFSC e o IFPI, expande o alcance do projeto, permitindo que mais alunas tenham acesso à capacitação e às oportunidades oferecidas. Ademais, o intercâmbio de conhecimentos e culturas entre instituições fortalece a qualidade do ensino e incentiva a criação de redes de apoio, facilitando o avanço e a melhoria contínua do projeto”, ressalta o professor da UFPA Wellington Fonseca, coordenador do projeto na conexão Norte.
Para despertar o interesse de mais meninas nas áreas pretendidas, o projeto realiza apresentações de experimentos físicos que incluam materiais de baixo custo e recursos tecnológicos, como Scratch, Micro:bit e Arduinos, além das competições envolvendo essas tecnologias e que abordem conceitos da engenharia, as quais serão apresentadas em salas de aula, sejam físicas ou virtuais, e até em feiras de Ciência.
Para a pedagoga da UFPA Janise Viana, também coordenadora do projeto, a ação também é importante por promover a inclusão social e a cidadania, além de proporcionar condições efetivas de acesso às profissões e às carreiras científicas e tecnológicas de meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social. Ela conta que “também são realizadas discussões com as participantes do projeto envolvendo temas como: violência de gênero, assédios, relações étnico-raciais, saúde sexual e reprodutividade, proporcionando uma interação entre as diferentes áreas do conhecimento”.
Como participar – Atualmente, o projeto está com um edital aberto, do qual podem participar escolas públicas e privadas de ensino fundamental (nas séries finais) e ensino médio das Regiões Norte, Nordeste e Sul. Cada escola pode inscrever até quatro grupos por categoria (ensino fundamental e médio), sendo cada grupo composto por três alunas e um(a) professor(a) orientador(a). O foco principal do projeto é alcançar as alunas do oitavo e nono ano do ensino fundamental e do 1° e 2° anos do ensino médio.
As inscrições podem ser feitas via formulário digital de participação, com o preenchimento dos dados pessoais, contatos, dados escolares e preferência de horários para dedicação ao projeto. As atividades devem ocorrer no formato on-line e assíncrona, contando com desafios práticos na última fase.