Elaborado pelo curador, artista, professor e pesquisador Orlando Maneschy, o Projeto Vozes Amazonianas: Diversidade, Memória e Visibilidade no Território da Arte está realizando uma série de atividades virtuais neste mês de junho. O objetivo das ações é promover o diálogo entre artistas, estudantes, pesquisadores e comunidade em geral para a troca de conhecimentos e a fomentação da produção artística e crítica local.
O Vozes Amazonianas foi criado como uma ação da Coleção Amazoniana de Arte, da Universidade Federal do Pará, que vem se estruturando desde 2012 como um conjunto de obras que lança o olhar para a história, aos paradoxos e aos processos coloniais empreendidos na região amazônica, que considera a diversidade e a pluralidade de vozes, e promove a inclusão e o debate sobre arte, memória e colonialidade.
Selecionado pelo edital de Patrimônio Cultural Material da Lei Aldir Blanc Pará, o projeto pretende constituir um conjunto de falas apresentado em formato de lives e em publicação de e-book com obras e textos sobre o território amazônico, seu contexto histórico e patrimonial artístico. A produção ocorrerá por meio do diálogo e da participação de diversos atores, a fim de promover inclusão, mediação e difusão de múltiplas percepções e saberes compartilhados nos encontros desses olhares com o patrimônio contido em documentos e obras da coleção.
“O Projeto Vozes Amazonianas é a possibilidade de visibilizar o pensamento de artistas presentes na coleção com interlocutores, parceiros e público, potencializando suas ideias e percepções. Ele revela mais do artista e confere um espaço a mais para sua voz, o que no meu entendimento é de suma importância”, ressalta Orlando Maneschy.
Ações virtuais – Neste mês de junho, o Vozes Amazonianas já promoveu um curso de curta duração e ainda irá realizar duas lives em parceria com o Projeto "Mapeamentos de literacias transmidiáticas: pesquisa exploratória com discentes da UFPA", do Núcleo de Inovação e Tecnologias Aplicadas ao Ensino e Extensão (Nitae²/UFPA). O objetivo das ações é favorecer as boas práticas digitais, com a apresentação de ferramentas digitais para a boa atuação nas redes.
“O incentivo ao letramento digital e ao uso seguro das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) é a base do nosso projeto. Nesse sentido, o curso foi uma oportunidade de socializar o que temos pesquisado e de auxiliar os colegas das Artes a fazerem usos seguros das TDICs para a realização de suas produções artísticas, principalmente, no contexto da pandemia", afirma a professora e pesquisadora Fernanda Chocron, uma das palestrante do primeiro curso.
Para o professor Maneschy, “a realização desse curso não só iniciou as ações do projeto em parceria entre unidades da UFPA, mas também anima participantes a tornarem-se atores de seus próprios fazeres, fortalecendo o conceito do Vozes Amazonianas de munir os artistas de aparatos a fim de ajudá-los em suas atividades”.
Já as lives, que irão ocorrer no âmbito da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) na UFPA, têm o intuito de reunir diversos artistas em um espaço de debates, troca de experiências, reflexões e análises sobre o criar e pesquisar na região. A primeira, denominada “LIVE#01 Travessias Amazônicas”, será realizada dia 16, às 19h, e irá reunir artistas em uma discussão sobre território, construção, os impactos de viver no úmido, a violência da modernidade e como se constrói uma coleção em suas múltiplas falas. O encontro contará com a participação dos pesquisadores Oriana Duarte (UFPE); Armando Queiroz (Unifesspa
No dia 21, também às 19h, será realizada a segunda live, com o tema “LIVE#02 Corpus e Memórias”. A programação contará com as presenças de Éder Oliveira (FAV/UFPA); Victor de La Rocque (Unesp); Marise Maués (PPGArtes/UFPA); Rafael Bqueer (FAV/UFPA) e Rafa Matheus Moreira (FAV/UFPA), que abordarão questões de subjetividade e memórias, gênero e representatividade em diálogo com os próprios projetos de arte e vida.
Todas essas ações realizadas pelo projeto serão consolidadas na edição de um e-book, que visa à ampliação da oportunidade de fala para além dos diálogos nas lives. O intuito da produção do material é constituir estratégias e ambientes para que os artistas e pesquisadores possam desdobrar seus pensamentos, já presentes nas obras, para outros territórios.
Serviço:
Lives do Vozes Amazonianas – Diversidade, Memória e Visibilidade no Território da Arte
Datas: 16 e 21 de junho de 2021
Horário: 19h
Plataforma de acesso: canal da Coleção Amazoniana no Youtube
Mais informações: perfil do Coleção Amazoniana de Arte.
Texto e arte: Divulgação