O que fazer quando não se sabe o que fazer? Você não pode ir trabalhar, ir estudar, passear… Academia? Nem pensar! No cenário de pandemia, a recomendação é: fique em casa! Mas como viver esse momento sem se deixar levar pela ansiedade, pelo medo, pelo ócio, pelo tédio, pela solidão? Além de se precaver contra a covid-19, é preciso cuidar também da sua saúde mental. As atividades acadêmicas e administrativas da Universidade Federal do Pará estão suspensas, porém será mantido um serviço de acolhimento a estudantes via telefone, focalizado agora nas repercussões do momento sanitário, a fim de ajudar a comunidade acadêmica a passar por essa fase.
A docente da Faculdade de Psicologia da UFPA Patrícia Espírito Santo é uma das psicólogas atuantes no Plantão Psicológico da UFPA. Segundo ela, para manter a saúde mental no contexto em que vivemos, é preciso lembrar que o isolamento por que estamos passando é momentâneo e apenas físico. “Temos, na atualidade, à nossa disposição, uma série de tecnologias que nos permite manter contato, já fazemos isso quando temos pessoas queridas morando em lugares distantes, agora é adaptar e fazer isso com aquele que mora próximo”.
O segredo é manter a mente ativa, produtiva e ocupada, sem se deixar enredar pelas famosas fake news. “É preciso cautela com o acesso às informações, há grupos de mensagens que nos bombardeiam com informações, muitas falsas: ligar a televisão, acessar a internet, ler e ouvir apenas informações sobre a covid-19 é um sinal de alerta. Comportamentos de prudência e busca de informação são diferentes de pânico e neurose.”, alerta a professora Patrícia.
Não poder sair de casa não significa que não pode fazer nada, principalmente em se tratando de estudantes universitários. O conselho é otimizar o tempo e praticar o autocuidado. “Nosso dia a dia tende a ser exageradamente corrido, difícil quem não tenha algo para pôr em dia: uma leitura que não fez, um filme que gostaria de rever, aquela pessoa com quem não se comunica faz algum tempo. Usar este momento de reclusão a nosso favor pode ser a resposta”, revela. No mundo contemporâneo, ter tempo é um privilégio de poucos e agora que está disponível, há de se saber aproveitar.
Há ainda a possibilidade de manter atividades laborais e de estudos a distância. “Pela característica da instituição acadêmica, muitos desenvolvem atividades que, em certa medida, não serão totalmente paralisadas, eu mesma, como docente, continuo seguindo uma rotina de leituras, preparo de aulas e correção de trabalhos que se mantém inalterada e cada um dentro de sua realidade poderá adotar medidas que nos deixem com uma sensação menor de estranheza pelo momento”.
Acolhimento Psicológico – O acolhimento psicológico da UFPA via telefone teve início nesta segunda-feira, 23 de março. O serviço será realizado pelos números 98423-8931, 98590-6670 e 98459-0541, no horário das 8h30 às 12h, em dias úteis. O serviço é uma iniciativa da Superintendência de Assistência Estudantil (Saest UFPA). Além desse canal, há sites na internet disponibilizando atendimento terapêutico gratuito, seja por chat, seja por e-mail, seja pelas redes sociais, a exemplo do https://www.achavedaquestao.com/.
Serviço:
Acolhimento Psicológico via telefone para estudantes da UFPA
A partir do dia 23 de março.
De segunda à sexta-feira, de 8:30h às 12h, pelos fones 98423-8931, 98590-6670 e 98459-0541.
Para outras dúvidas, acesse coravirus.ufpa.br.
Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Mkt Ascom