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TAMANHO DA FONTE

SBPC e UFPA promovem programação inclusiva na 76ª Reunião Anual, em Belém

Um dos objetivos da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, é fazer com que todas(os) possam participar ativamente das atividades programadas. Para tornar a inclusão um ponto essencial no evento, a Comissão de Acessibilidade da SBPC adotou uma série de medidas para que o público com algum tipo de deficiência tenha assegurado o direito de usufruir integralmente do maior evento científico da América Latina.

Segundo a professora Arlete Marinho Gonçalves, coordenadora de Acessibilidade da Superintendência de Assistência Estudantil da UFPA (CoAcess/Saest), em torno de 100 profissionais de acessibilidade, com formação específica na área, atuarão no evento. “São intérpretes de Libras, audiodescritores, psicólogos, terapeutas ocupacionais, pedagogos e cuidadores que vão apoiar em situações  que envolvem apoio à acessibilidade comunicacional, informacional e de apoio à locomoção”, afirma.

Além dos profissionais da área, cerca de 150 monitores também devem ajudar no apoio às pessoas com deficiência. Os monitores receberam treinamento e, nos dias do evento, todos estarão com colete de identificação com o nome “Acessibilidade” escrito na frente da camisa. 

“Fizemos também uma cartilha de Acessibilidade, com orientação para os monitores, sobre como acolher pessoas com deficiência em eventos presenciais. Lá tem uma série de informações, garantindo que esses monitores, por exemplo, saibam acolher melhor as pessoas com deficiência em situações de eventos presenciais”, diz a professora. 

Localiza SBPC – A Comissão de Acessibilidade também desenvolveu um aplicativo para o público com deficiência visual chamado “Localiza SBPC”. Após download no celular, a ferramenta fornece audiodescrição de espaços do evento com raio de transmissão de 20 até 30 metros.

“Por exemplo, quem entrar pelo portão 2 da UFPA, o aplicativo aciona automaticamente a audiodescrição descrevendo o que tem naquele entorno dos locais que envolvem a SBPC. O aplicativo está sendo finalizado e deve ser colocado à disposição bem antes do evento”, exemplifica Arlete.

A coordenadora afirma, ainda, que o evento disponibilizará equipamentos de audiodescrição nos auditórios com transmissão ao vivo, os quais captam som por meio do uso de fones. Um grupo de profissionais audiodescritores também trabalhará na acessibilidade para pessoas cegas e com baixa visão, de forma fixa e volante. Além disso, monitores devem atuar como guias videntes, apoio na locomoção de pessoas em cadeira de rodas e mobilidade reduzida, no acesso aos principais espaços da SBPC.

Intérpretes fixos e volantes – Para garantir a acessibilidade para a comunidade surda que usa a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar, a organização do evento disponibilizou aproximadamente 50 tradutores intérpretes.

“Vamos ter intérpretes de Libras fixos nos principais pontos de referência, como os auditórios com transmissões ao vivo, e intérpretes volantes, porque, se alguém estiver em um laboratório, fazendo alguma oficina, vai poder acioná-los por meio dos monitores ou pelo número da Comissão de Acessibilidade”, explica.

A organização também criou um canal aberto de comunicação com a comissão para demandas de acessibilidade, por meio do número: (91) 981505425.

Salas sensoriais – Para acolher pessoas neurodiversas e/ou com transtornos no processamento sensorial, serão disponibilizadas quatro salas de acomodação sensorial, duas para adultos e duas infantojuvenis.

As salas estão localizadas no Mirante do Rio e no conjugado dos Institutos de Letras e Comunicação e Filosofia e Ciências Humanas (ILC/IFCH). Psicólogas(os), terapeutas ocupacionais, pedagogos, profissionais de educação física e de acessibilidade da CoAcess/UFPA, da Escola de Aplicação, da Universidade do Estado do Pará, do Instituto Federal do Pará, da Unifesspa, da Ufra, da UEPA  e do Grupo Amora serão as(os) responsáveis pelos espaços. 

A Comissão de Acessibilidade da SBPC colocará à disposição para o público autista abafadores. Os aparelhos poderão ser adquiridos nas Salas de Acomodação Sensoriais ou nas Tendas de Informação, Hidratação e Acessibilidade, que ficarão em 10 pontos disponibilizados no Campus Básico da UFPA (ver mapa

“Por conta da quantidade de movimento ou das apresentações culturais, pode ocorrer de um autista, por exemplo, ter alguma desorganização sensorial devido aos vários estímulos que o evento vai proporcionar. Com base nisso, nós solicitamos a aquisição desses abafadores para que esse público possa circular com tranquilidade nos espaços”.

Inclusão em foco – A comissão possui um QG da Acessibilidade. O espaço tem como objetivo monitorar todas as informações de solicitações de profissionais que não estão mapeados/disponíveis nos espaços principais. Há, ainda, banheiros químicos adaptados para pessoas com deficiência, e o embarque e desembarque, inclusive o estacionamento, ficam concentrados no Portão 1 de acesso à UFPA para os grupos prioritários por lei.

As Tendas de Acessibilidade, identificadas com o símbolo internacional da acessibilidade, são outro espaço a serviço do público. Ao todo, são 10 pontos dentro da SBPC voltados à distribuição de informação,  abafadores e hidratação.

“É importante que as pessoas com deficiência possam estar em todos os espaços com autonomia, segurança e independência”, destaca a coordenadora.

TEXTO: Comissão Local de Comunicação da SBPC

FOTOS: Vinicius Gonçalves

Relação com os ODS da ONU:

ODS 4 - Educação de Qualidade

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