Na última sexta-feira, 3 de maio, foi realiza a terceira edição do Seminário do Processo Seletivo Especial para Indígenas e Quilombolas (PSE), evento em que são discutidas medidas para aperfeiçoar o PSE. O Fórum reuniu representantes da Assessoria da Diversidade e Inclusão Social da UFPA (ADIS), da Associação dos Povos Indígenas Estudantes na UFPA (APYEUFPA) e da Associação de Discentes Quilombolas da UFPA (ADQ), lideranças dos povos indígenas e das comunidades quilombolas, bem como professores, estudantes e técnicos-administrativos da UFPA que trabalham para a realização do Processo Seletivo Especial.
Pela manhã, estiveram presentes à mesa de abertura o pró-reitor de Extensão, Nelson Souza Junior, representando o reitor da UFPA; o pró-reitor de Ensino e Graduação, Edmar Costa; a assessora da Diversidade e Inclusão Social da UFPA, Zélia Amador; a presidente da Associação dos Discentes Quilombolas da UFPA (ADQ), Vanuza Cardoso; o presidente da Associação dos Povos Indígenas Estudantes na UFPA (APYE), Ronaldo Amanayé; e um representante do Centro de Processos Seletivos (CEPS). Após a mesa, o professor Edmar Costa e Zélia Amador apresentaram os dados do PSE/2019 e coordenaram o debate sobre o edital do PSE/2020, com a professora Milene Veloso (ADIS).
Durante a tarde, foi realizada uma plenária com leitura e discussão do Edital PSE/2019, de assuntos como vagas, entrevistas, participação das comunidades etc. A plenária foi coordenada por Zélia Amador, com apoio das professoras da ADIS, Isabel Cabral, Denise Cardoso, Milene Lauande e Heloisa Canali.
“O seminário tem como resultado o aperfeiçoamento dele mesmo e do Processo Seletivo Especial como um todo. O PSE para indígenas e quilombolas é uma importante política pública de ação afirmativa da UFPA e, ao longo dos anos, tem sido aperfeiçoada a partir do acompanhamento via participação da sociedade civil”, ressaltou Denise Cardoso, da Assessoria da Diversidade e Inclusão Social da UFPA (ADIS).
A discussão contou com a presença de presidentes de associações de população remanescente de quilombos e lideranças indígenas, representadas por caciques e outras autoridades. Além da participação de docentes que coordenam projetos de extensão e pesquisa voltados para os estudantes indígenas e quilombolas da UFPA, houve a presença do representante da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena (Ceeind/Seduc).
Associações e alunos em parceria com a Universidade – Aymê Gilvana, da comunidade quilombola de Jambuaçu, é caloura de 2019 de História e participa ativamente da ADQ. Ela tentou o Processo Seletivo três vezes antes de ser aprovada e ressalta a importância da Associação em todo o seu processo na UFPA. Na ADQ, os alunos quilombolas buscam informação e apoio, antes e durante o curso, como Aymê Gilvana, que diz se sentir mais confiante desde que começou a participar da Associação.
“É ótimo saber que aqui dentro temos sim pessoas que podem estar nos apoiando, saber que temos parentes de diversas comunidades para nos ajudar; precisamos que, desde o início, os membros da Universidade demonstrem se interessar pela nossa história, saber nossos anseios em relação aos cursos, sentir que temos o apoio deles também, isso nos faz querer vir pra cá”, explica a aluna de História.
Aymê Gilvana relembra que, em seu primeiro processo seletivo, o Seminário ainda não existia, e hoje é possível que as comunidades indígenas e quilombolas trabalhem com a UFPA, conversando, dizendo o que aprovam ou não aprovam, para melhorar cada vez mais o Processo Seletivo Especial.
“Me sinto lisonjeada de estar aqui, dando minhas opiniões e vendo que outras pessoas pensam da mesma forma que eu, sendo indígenas, quilombolas. Nós estamos melhorando e fazendo com que jovens, adultos e idosos possam estar acessando a universidade com mais confiança e segurança, porque comigo foi assim”, completa.
Texto: Elizandra Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Lucas Brito