Criada por estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA), a Startup 'Aua' (do tupi, “gente”) desenvolveu um aplicativo para conectar pequenos negócios da Região Metropolitana de Belém aos consumidores. A iniciativa, que se consolidou em 2020 para apoiar os empreendedores mais afetados pela pandemia, ganhou o desafio da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e, agora, passará pela fase de aceleração como premiação.
A equipe de criação, formada pelos estudantes Juliana Bessa (Jornalismo), Felipe Magno (Publicidade e Propaganda), Matheus Araújo (Engenharia da Computação) e Lucas Cardoso (Engenharia da Computação), percebeu a necessidade de dar mais visibilidade ao cenário paraense, que fechou mais de 10 mil empresas durante o ano passado, em consequência da Covid-19, segundo dados da Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa). A solução foi prototipar um aplicativo que funciona como uma vitrine gratuita de produtos e serviços de pequenos empreendedores.
Cadastrado há cerca de seis meses no aplicativo, o professor de inglês Ewerton Cunha passou por dificuldades com seu empreendimento em razão da pandemia e enxergou a iniciativa dos jovens como uma maneira inovadora para se manter no mercado. "Hoje, nossa logística é totalmente diferente, mas não fechamos. Aprendemos a ser mais resilientes ainda e, apesar de tanto virtual que se vive hoje, humanizar sempre será fundamental para qualquer sociedade", conta Ewerton Cunha.
Reconhecimento – Hoje, após um ano de existência, o App 'Aua' já conta com mais de 60 estabelecimentos cadastrados, entre alimentação, vestuário e serviços em geral, e começa a colher os frutos da ideia. No dia 9 de outubro, a iniciativa se tornou campeã, entre mais de 30 outras propostas espalhadas pelo Brasil, para acesso a crédito do Desafio Nacional da Enap, realizado em parceria com a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec).
Como premiação, até março de 2022, a equipe receberá capacitações e mentorias para evoluir o modelo de negócio e desenvolver um produto minimamente viável. Ela também será conectada a empresas, a órgãos públicos e a investidores, que poderão viabilizar novas soluções. De acordo com um dos estudantes que projetaram o aplicativo, Lucas Cardoso, a UFPA teve um papel fundamental para os integrantes da ‘Aua’, por ser um espaço que proporciona a troca de conhecimento por meio de diversos projetos de extensão que desenvolvem ações de empreendedorismo social.
"A Universidade nos proporcionou diversas experiências e oportunidades que nos inspiraram a tirar a nossa startup do mundo das ideias, além de ter criado um ambiente fértil para a inovação acontecer", pontua o estudante.
Texto e fotos: Divulgação