A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Cátedra João Lúcio de Azevedo, realizou o evento comemorativo “Tributo a Camilo Castelo Branco: 200 anos”, uma homenagem ao bicentenário de nascimento de um dos maiores nomes da literatura lusófona. A programação contou com a apresentação do jornalista João Jadson e reuniu autoridades acadêmicas, representantes diplomáticos e estudiosos da obra do autor.
A mesa de abertura foi composta pela professora Germana Maria Sales, coordenadora da Cátedra João Lúcio de Azevedo e organizadora do evento; pelo professor Doriedson Rodrigues, secretário-geral da Reitoria da UFPA; e pela senhora Maria Fernanda Granja Gonçalves Pinheiro, vice-cônsul de Portugal em Belém. Em suas falas, os participantes reforçaram a importância de manter viva a obra de Camilo Castelo Branco como referência cultural e acadêmica.

“Camilo Castelo Branco deixou às letras em Língua Portuguesa, ‘um patrimônio literário imperecível’, numa obra volumosa compreendida em mais de duzentos títulos, durante quase 40 anos, entre 1851 e 1890. Todas as particularidades da sua personalidade foram matizadas na sua produção, firmada na narrativa ficcional e no mundo novelístico, numa produção acelerada que causou perplexidade aos seus contemporâneos. O evento, mais uma vez, define o papel da Cátedra João Lúcio de Azevedo, como promotora da cultura lusitana entre nós, como também vivificar os laços acadêmicos, entre Brasil e Portugal”, destacou a professora Germana Sales, sobre a relevância do legado do autor.
A vice-cônsul de Portugal em Belém destacou a importância da cooperação entre os países lusófonos: “Camilo é um patrimônio de Portugal. Sua obra evidencia a riqueza da língua portuguesa e sua capacidade de unir povos através da literatura. Este evento na UFPA reforça a importância desse diálogo e da preservação da memória cultural”. Camilo Castelo Branco é considerado um dos maiores romancistas portugueses do século XIX.
O professor Doriedson Rodrigues, representando o reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, ressaltou o papel da universidade na promoção da cultura e do pensamento crítico: “Eventos como este reafirmam o compromisso da UFPA com a valorização das expressões culturais e literárias que formam nossa identidade. Celebrar Camilo Castelo Branco é reconhecer sua influência não apenas na literatura portuguesa, mas também na brasileira”.
A conferência de abertura da programação de dois dias foi da pesquisadora Andreia Castro, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que apresentou o tema “Ninguém é pobre quando ama? Os limites do capital na produção camiliana” e a conferência de encerramento, proferida pela professora Luciene Marie Pavanelo (UNESP/São José do Rio Preto), com o título: “Do deleite à leitura crítica: como (re)ler Camilo Castelo Branco no século XXI”.



