No período de 30 de novembro a 2 de dezembro de 2023, Belém será sede do VIII Congresso Norte-Nordeste de Genética Médica. Destinado aos profissionais e estudantes das diferentes áreas da saúde e das ciências biológicas, além de gestores e agentes comunitários de saúde, o evento é uma oportunidade de trocas de saberes entre especialistas de todas as áreas ligadas à genética médica, com foco na divulgação científica e na discussão sobre o diagnóstico e tratamento de doenças genéticas. As inscrições para participantes seguem abertas no site oficial.
Nesta edição, o congresso contará com uma programação voltada à discussão sobre o atendimento especializado multidisciplinar para o contexto das doenças raras nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil. Para isso, vai realizar minicursos e reunirá especialistas, pesquisadores e profissionais de destaque do Brasil, dos Estados Unidos e da França no campo da Genética Médica para compartilhar conhecimentos, discutir avanços recentes e promover a colaboração entre os participantes.
Entre os temas abordados este ano, estão: Serviços de Referência em Doenças Raras, Erros Inatos do Metabolismo, Triagem Neonatal Ampliada, Projeto Redes Raras, Deficiência Intelectual, Cromossomopatias, Transtornos do Espectro Autista, Doenças Neurogenéticas e Neuromusculares, Oncogenética, Dismorfologia, Teratogênese, Aconselhamento Genético, Terapia Gênica, Interpretações e limitações dos testes genéticos, Análise Embrionária, Reprodução e Medicina Fetal, Ensino de Genética Médica, Atuação das Associações e das Ligas Acadêmicas e Bioinformática em Genética Médica.
“A realidade brasileira, frente ao serviço de atendimento às doenças raras, ainda é deficitária, pois não engloba todas as pessoas que necessitam deste serviço. A realização de um evento em alusão a um conjunto de doenças raras significa mostrar a relevância de estruturar serviços hospitalares e laboratoriais que auxiliem no diagnóstico, tratamento e monitoramento de pessoas com esses tipos de enfermidades.”, explica o presidente do VIII CONNEGEM, Luiz Carlos Santana da Silva.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos. Os sinais e os sintomas nem sempre são distintos de doença para doença e de pessoa para pessoa, embora com a mesma condição. A fibrose cística, a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a doença de Huntington e a síndrome do X frágil são exemplos. Em todo o mundo, estima-se que existam entre cinco e oito mil doenças consideradas raras, sendo 80% delas de causa genética. O tempo para se chegar a um diagnóstico definitivo varia de cinco a dez anos.
No Pará, o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), integrante do Complexo Hospitalar da UFPA, é referência no assunto. Em junho deste ano, a unidade foi oficialmente habilitada pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Doenças Raras e Aconselhamento Genético, sendo o primeiro serviço habilitado em toda a Região Norte. O atendimento é gratuito, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e oferece aos pacientes acesso a diagnóstico, aconselhamento genético, exames laboratoriais e de imagem, tratamentos específicos e reabilitação, por meio de um atendimento médico multidisciplinar. O serviço é multiprofissional e envolve uma equipe composta por neuropediatras, geneticistas, ortopedistas, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas e fonoaudiólogos.
Mais informações podem ser obtidas no site oficial do evento.
Serviço:
VIII Congresso Norte-Nordeste de Genética Médica
Data: 30 de novembro a 2 de dezembro
Local: Hotel Princesa Louçã, localizado na avenida Presidente Vargas
Programação detalhada aqui.
Texto: Isabelly Risuenho – Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Arte: Divulgação
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