Dirigentes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) se reuniram na última quarta-feira, 31 de maio, para discutir possibilidades de parceria em projetos voltados à sustentabilidade socioambiental. O novo superintendente da Sudam, Paulo Rocha, foi recebido pelo reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, no Gabinete da Reitoria.
Também participaram do encontro o vice-reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva; a pró-reitora de Ensino de Graduação, Loiane Verbicaro; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Iracilda Sampaio; o pró-reitor de Extensão, Nelson de Souza Júnior; o pró-reitor de Administração, Raimundo Almeida; o diretor de Planejamento da Sudam, Paulo Roberto Ferreira; e a chefe de Gabinete da Sudam, Shirley Ribeiro.
Inicialmente, o reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, agradeceu ao novo superintendente o apoio e a parceria que sempre estabeleceu com a UFPA, em seus mandatos como deputado federal e senador, direcionando emendas parlamentares para a Universidade. Entre os projetos apoiados por essas emendas, está a construção do Complexo Cultural da UFPA, com Cinema, Sala de Exposição, Livraria e Editora da UFPA, importante equipamento para alargar o horizonte de formação de estudantes da UFPA, das mais diversas áreas do conhecimento, e democratizar o acesso ao cinema e à cultura, além de se configurar como um espaço de ensino para o curso de Cinema e Audiovisual da UFPA.
O novo superintendente da Sudam, Paulo Rocha, parabenizou a Universidade por investir em arte e cultura como caminhos para uma formação mais cidadã e democrática. Disse que quer continuar estabelecendo parcerias com a Instituição, agora à frente da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. Apresentou a proposta de tornar a Sudam um centro de discussões sobre o presente e o futuro da região amazônica, em preparação para a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que será sediada em Belém, em novembro de 2025.
“A parceria com a UFPA parte do reconhecimento de que a ciência e a tecnologia são fundamentais para o desenvolvimento da Amazônia. As universidades têm um papel muito importante para a região”, destacou Paulo Rocha. Entre os temas que apontam como mais urgentes, está a produção de alimentos para contribuir com a erradicação da fome no país, a partir de um modelo de desenvolvimento em que os povos da região sejam protagonistas.
Paulo Rocha também defendeu que os recursos voltados para o desenvolvimento da Amazônia sejam geridos pelas instituições da região. Disse que pretende dialogar com o governo federal para que os projetos financiados pelo Fundo Amazônia sejam selecionados e aplicados pela região. Também indicou que vai negociar o direcionamento de outros fundos para financiamento de pesquisas na Amazônia.
O reitor Emmanuel Tourinho concordou com o superintendente sobre a necessidade de garantir o protagonismo das pessoas e das instituições da Amazônia no debate global sobre a região: “Somos uma grande Instituição de Ensino Superior e Pesquisa da Pan-Amazônia e toda essa expertise pode contribuir para criar uma nova visão de desenvolvimento para a região, um desenvolvimento que não reproduza modelos anteriores de grande exploração dos recursos naturais, devastação ambiental e violências contra os saberes e as vivências dos povos da Amazônia”, reiterou o reitor.
Para o vice-reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, “contamos com a Sudam para fortalecer o protagonismo das pessoas da Amazônia nas políticas nacionais dirigidas à região. Nós queremos trabalhar juntos, em parceria, mas precisamos ter protagonismo. Nossa universidade é uma grande universidade brasileira e que está na Amazônia. Alguns discursos externos querem visibilizar a marca Amazônia e invisibilizar o povo da Amazônia”.
Os pró-reitores presentes à reunião apresentaram dados sobre o potencial de atuação da UFPA em questões estratégicas para a região e para o país, não só como a maior instituição do Norte mas também como uma das maiores do Brasil. Entre as demandas para que esse potencial se expanda, estão a ampliação do financiamento em pesquisas e em projetos de extensão universitária, o investimento na melhoria das estruturas dos laboratórios de ensino e pesquisa e a garantia de recursos para ampliar as políticas de ações afirmativas que garantem o ingresso e a permanência, com qualidade, de estudantes de povos tradicionais na universidade.
Texto e fotos: Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA