V Ciclad promove reflexões entre educação, saúde e mudanças climáticas

O Grupo de Pesquisa dos Estudos dos Discursos, das Identidades e Subjetividades Pan-Amazônicas da Universidade Federal do Pará (Gedis-Pan/UFPA) deu início, na última terça-feira, 18, ao V Ciclo de Debates sobre Responsabilidade Climática, Educação Básica e Pesquisa em Linguagens na Pan-Amazônia (Ciclad). Realizado no auditório do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (Icsa), o evento reúne docentes, pesquisadores e estudantes para refletir sobre o papel da educação, da memória e da arte na formação climática em tempos de COP 30.

A edição deste ano homenageia a enfermeira Nazaré Athayde, referência nacional na saúde pública. Em sua atuação, a enfermeira foi lembrada como símbolo da integração entre educação e saúde, especialmente pelo fortalecimento do Programa Nacional de Imunizações (PNI), no Pará. “Nazaré Athayde é um legado que transcende o tempo. Sua dedicação incansável, seu compromisso humanista e sua atuação ética permanecem vivos em cada profissional que segue seu exemplo”, destacou Kattia Amin, vice-líder do Gedispan-Pan.

Fotografia registra a vice-reitora da UFPA, Loiane Prado Verbicaro, falando ao microfone.

Presente na mesa de abertura do evento, a vice-reitora da UFPA, Loiane Prado Verbicaro, ressaltou o caráter do encontro em meio à realização da Conferência do Clima e enfatizou a relevância da produção de conhecimento amazônico no cenário global, além de valorizar a atuação de grupos de pesquisa que investigam práticas discursivas na região. “É sempre importante falarmos da importância da Universidade Federal do Pará em todas as áreas do conhecimento, especialmente na sua vivência como uma universidade da Amazônia e para a Amazônia”, afirmou.

Durante o evento, o professor Marcos André Dantas, coordenador do Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional (ProfLetras/UFPA), apresentou estudos sobre a relação entre educação básica e identidade na região amazônica e destacou que “tratar da educação na Amazônia é buscar encampar as identidades e as estéticas de corpos que se integram nos biomas, não seguindo as linhas hierárquicas da natureza”.

Na segunda mesa-redonda, a professora Sidclay Furtado abordou experiências de ensino sobre necropolítica e racismo ambiental, com turmas do 8º ano do ensino fundamental. A atividade culminou em um júri simulado, durante o qual, os estudantes analisaram desigualdades socioambientais. “Eles fizeram toda uma leitura sobre os conceitos para construir uma defesa dos grupos vulneráveis da Amazônia”, comentou a docente.

Yasmin Kyara, estudante da Escola de Aplicação da UFPA, compartilhou sua experiência na atividade e explicou como compreendeu o tema. De acordo com Yasmin, o racismo ambiental ocorre “quando o desenvolvimento econômico e social chega para uns; e o prejuízo, para outros”. A aluna também afirmou que lutar contra o racismo ambiental é lutar por um futuro mais justo e humano.

O V Ciclad encerrou nesta quarta-feira, 19, com mesas-redondas que abordaram temáticas como o papel da escola nas práticas de preservação ambiental, educação escolar indígena e pesquisa e extensão sustentáveis.

TEXTO: Luan Cardoso – Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

FOTOS: Alexandre de Moraes – Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

Relação com os ODS da ONU:

ODS 13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima

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