O ex-aluno e mestre em Artes pela UFPA, professor Gidalti Moura Junior, recebeu o prêmio Jabuti pela novela gráfica Castanha do Pará, na última quinta-feira, 30, no Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer. Classificada em primeiro lugar na categoria de história em quadrinhos, a obra conta a história e aventuras um menino-urubu nas periferias de Belém. Além da estatueta, o autor recebeu R$3,5 mil como prêmio.

Castanha do Pará – Com indicação na categoria de melhor publicação independente do troféu HQmix, a publicação conta com alta expressividade e ludicidade. Dessa forma, a pintura ganha vida e ritmo, misturando a ficção ao cotidiano difícil de quem mora nas ruas. Na novela gráfica, narrada em forma de fábula, o cenário é o Mercado do Ver-o-peso, onde o menino-urubu vive de furtos e da ajuda de outros.

A obra é a novela gráfica de estréia do professor Gidalti. Ele trabalhou no roteiro e nas ilustrações por três anos, enquanto morava em São Paulo. Mesmo em outro estado, o ilustrador ainda se inspirou em lembranças da Universidade, uma vez que a trama é da fábula baseada no conto Adolescendo Solar, do professor Luizan Pinheiro, da UFPA.

Depois de erros, acertos e diversas técnicas para aperfeiçoar o enredo e a arte, o livro ficou como está. Por ser uma publicação independente, com financiamento coletivo, é preciso comprar em lojas especializadas, como Ugra Press, Gibiteria e Comix shop. Já em Belém, é possível comprar a obra na livraria Fox, nos quiosques do shopping Boulevard e lojas Ná Figueredo. O quadrinho também está disponível na Amazon, aqui.

Gidalti Moura Junior – Apesar de ter nascido em Belo Horizonte, o mineiro cresceu e se graduou em Artes Plásticas e Publicidade e Propaganda em Belém. Por isso, a cidade amazônica inspira sua arte. O autor também é professor e pesquisador das áreas de Artes e comunicação, voltadas para processos de criação, história em quadrinhos e pintura.

59º Prêmio Jabuti – Criado por volta de 1958, o Prêmio Jabuti é a maior premiação literária do Brasil. Foi originado a partir de um período desafiador para o mercado editorial, com poucos recursos e baixa articulação da área. Para contrariar essa realidade, a primeira edição do evento ocorreu em 1959. Atualmente, o prêmio é dado para escritores e ilustradores, divididos em 29 categorias, somando um total de 2.346 obras inscritas. A relação de vencedores de 2017 está disponível aqui.

Texto: Alice Palmeira – Assessoria de Comunicação da UFPA