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TAMANHO DA FONTE

Webconferência abordará o climatério na APS

O Telessaúde UFPA realizará a Webconferência “Abordagem do climatério na APS”, no dia 22 de junho, às 18h. O tema será ministrado pela médica e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) Djenanne Simonsen, que vai falar sobre como deve ser feito esse atendimento das mulheres que estão nesse período da vida, nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (APS). Voltada para médicos(as), enfermeiros(as) e profissionais da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde no Estado do Pará, a webconferência pode ser acessada pelo site telessaude.ufpa.br.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o climatério é definido como uma fase biológica da vida e não um processo patológico, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. Esse conceito é, portanto, diferente do de Menopausa, como muitas pessoas confundem. A menopausa é o último ciclo menstrual, somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade.

Dados atuais têm mostrado que o aumento dos sintomas e problemas da mulher neste período reflete circunstâncias sociais e pessoais, e não somente eventos endócrinos do climatério e da menopausa. Especialistas ressaltam que o climatério não é uma doença, e sim uma fase natural da vida da mulher e muitas passam por ela sem queixas ou necessidade de medicamentos. Já outras têm sintomas que variam na sua diversidade e intensidade. Mas, nos dois casos, é fundamental que haja um acompanhamento sistemático visando à promoção da saúde, o diagnóstico precoce, o tratamento imediato dos agravos e a prevenção de danos.

Neste sentido, a Webconferência “Abordagem do climatério na Atenção Primária” vai orientar como as mulheres no climatério devem ser atendidas e cuidadas para que haja a maior efetividade possível no tratamento dos possíveis sintomas desse período, como o uso de estratégias que evitem a ocorrência de oportunidades perdidas de atenção a essa clientela feminina, ou seja, evitar ocasiões em que as mulheres entram em contato com os serviços e não recebem orientações ou ações de promoção, prevenção e ou recuperação, de acordo com o perfil epidemiológico deste grupo populacional.

Manual de Atenção à Mulher no Climatério –  O Ministério da Saúde editou um Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa, em 2008, com diretrizes que orientam os profissionais de saúde para a atenção integral e humanizada, considerando as diversidades e especificidades das mulheres brasileiras. Entre as muitas informações contidas neste documento, são destacados os princípios fundamentais da atenção em saúde, como o acolhimento e a ética nas relações entre profissionais e usuárias, os aspectos emocionais e psicológicos, a sexualidade e as possíveis repercussões clínicas das transformações hormonais que acompanham o climatério/menopausa. 

O documento traz também estimativas do Datasus sobre a população feminina brasileira, que, em 2007, totalizava mais de 98 milhões de mulheres. Chama a atenção nesse dado que cerca de 32% das mulheres no Brasil, naquele período, estavam na faixa etária em que ocorre o climatério. Em comparativo, dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que, em 2019, as mulheres representavam 52,2%, o que, em números, equivale a 109,4 milhões das pessoas residentes no Brasil, além de serem também a maioria entre a população idosa (56,7%). Todos esses dados só reforçam a importância do tema da webconferência, que tem como objetivo primeiro contribuir com a qualificação do atendimento às mulheres que estão no climatério, nas Unidades de APS.

Sobre a conferencista – A médica Djenanne Simonsen Augusto De Carvalho Caetano tem mestrado em Medicina área de atuação em Mastologia (UFRJ), tem título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), título de habilitação em Patologia do trato genital inferior e colposcopia (Sbptgic), especialista em Ginecologia pelo Instituto de Ginecologia da UFRJ e especialista em Medicina do Trabalho (Unirio).

Texto e arte: Divulgação Telessaúde

Relação com os ODS da ONU:

ODS 3 - Saúde e Bem-EstarODS 4 - Educação de Qualidade

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