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TAMANHO DA FONTE

Ministra do Meio Ambiente se une à SBPC e à UFPA para o debate da causa climática

A 76ª Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Científica (SBPC) contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que atraiu uma multidão ao Centro de Eventos Benedito Nunes, da Universidade Federal do Pará (UFPA), na última sexta-feira, 15 de julho. A ministra compôs mesa junto ao presidente da SBPC, Renato Janine, ao reitor da UFPA, Emmanuel ZaguryTourinho, e à pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi Ima Célia Guimarães. A mesa discutiu o tema central do evento,  “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo”.

Marina Silva saudou a todas as parcerias que se unem à luta do Ministério em prol da conservação dos recursos naturais do Brasil e discorreu sobre as ações do governo no que tange à pasta e à contenção das emergências climáticas, principalmente as que perpassam a Região Amazônica. Segundo Silva, não há como pensar em ciência inclusiva sem considerar a sabedoria milenar dos povos indígenas, do povo preto e das mulheres que vivem na Amazônia e formam uma vasta resistência democrática.

A governante recordou sua infância e disse que foi em um seringal da Região Norte que firmou o conhecimento que carrega até hoje, traçando uma metáfora para expressar que o homem não pode ser humano fora do seu contexto social, daí a importância de agir na natureza considerando a presença e o porvir do outro. Segundo Marina Silva, como seres humanos, “a gente altera certos processos e imagina que isso não tenha consequências”, afirmou. E explicou que o avanço da degradação ambiental, e o chamado “ponto de não retorno”,  nada mais é que o colapso das condições de vida humana no planeta. “Não é teoria científica, não é alerta ambientalista, é realidade. Está acontecendo”, alertou.

Fotografia mostra Marina Silva falando ao microfone.

A ministra ainda ressaltou que, muitas vezes, embora a ciência aponte os riscos, como na Convenção do Clima, em que se estipulou o perigo de as emissões de CO2 ultrapassarem a marca de 1,5º de temperatura, a ganância humana fala mais alto, de modo que, em 2023, a marca foi ultrapassada e registraram-se, no mundo, emissões de até 1,8º. “Os recursos naturais são apropriados por poucos, transformados em dinheiro, e os prejuízos são compartilhados por muitos, principalmente os mais vulneráveis”.

A calamidade no Rio Grande do Sul, as recentes enchentes ocorridas em Niterói, Petrópolis, além das ondas de calor em todo o país e as queimadas no pantanal foram mencionadas pela titular da pasta como exemplos de ocorrências climáticas em curso. Para Marina Silva, as consequências só não são piores devido aos planos de governo que já estão em andamento, com a colaboração científica de muitas instituições de pesquisa brasileiras. “A ciência nos ajuda na fomentação e na criação de políticas públicas para a transformação ecológica do nosso país”.

Região Amazônica – Sobre a Amazônia, Marina Silva reforçou o compromisso do governo com o desmatamento zero até 2030 e ressaltou importantes indicadores que mostraram a redução, em até 50%, do desmatamento na região, desde o início do mandato de Lula, dos quais, 38% dessa redução ocorreram neste ano de 2024, de modo que os prospectos, até o fim da gestão, são de taxas ainda melhores. A ideia, segundo a ministra, é cada vez mais transitar do modelo atual para modelos mais sustentáveis e participativos de desenvolvimento e preservação, de modo que se possa atingir um espaço democrático pelo bem dos ecossistemas nacionais.

Após sua fala, a gestora de Meio Ambiente do Brasil recebeu perguntas dos demais participantes da mesa e também dialogou com a plateia. Ela foi questionada sobre o zoneamento de territórios de conservação ambiental, sobre os fundos de investimento para a Amazônia e sobre prioridades da pauta climática, entre outros temas. E finalizou: “Nós estamos vivendo um grande desafio de fazer com que o nosso país possa transitar para um modelo de desenvolvimento socialmente justo, economicamente próspero, politicamente democrático, culturalmente diverso, ambientalmente sustentável; senão, não temos aonde chegar”.

Leia mais:

TEXTO: Jéssica Souza, Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

FOTOS: Oswaldo Forte

Relação com os ODS da ONU:

ODS 11 - Cidades e Comunidades SustentáveisODS 13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima

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