Esta pesquisa tem como objeto de estudo a Política Educacional de Tempo Integral. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com realização de estudo de caso, cujo objetivo é: analisar a Política Educacional de Tempo Integral a partir da perspectiva dos(as) estudantes egressos(as) de uma escola pública estadual de Ensino Fundamental paraense, no período de 2016 a 2019. É um tema desafiador e de grande relevância social e acadêmica, por se tratar de um processo formativo que exige o desenvolvimento dos sujeitos em todas as suas dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural. Para consolidar um estudo acerca desse formato educativo, optou-se por realizar uma pesquisa que valoriza experiências, assim como traduz ideias e percepções individuais e coletivas dos participantes. O embasamento teórico é construído por meio de um diálogo com Cavaliere (2009), Menezes (2012), Pena (2000), Santos e Oliveira (2013), Coelho (2014), Guará (2009), Moll et al. (2020), Paro (1988), Arroyo (2015a, 2015b). O recorte temporal de 2016 a 2019 se justifica pelo tempo de permanência dos(as) alunos(as) na Escola em Tempo Integral ao longo de seu Ensino Fundamental; além disto, foi considerada a interrupção desta oferta nos anos de 2020 e 2021 em razão da pandemia de Covid-19, que inviabilizou a continuidade das atividades pedagógicas em Tempo Integral. A coleta de dados contou com a aplicação de questionário individual junto aos egressos, estabelecendo discussão e análise de suas ponderações sobre a importância de terem estudado em uma Escola em Tempo Integral. Por fim, os resultados da pesquisa mostraram que a Escola de Tempo Integral foi valorizada pelos estudantes, mas necessita de maiores investimentos por parte do poder público para assegurar melhor articulação entre as atividades ofertadas, alinhando-se à efetividade da formação integral e inclusiva, ao reconhecer a singularidade dos sujeitos, no âmbito de um projeto educativo democrático, que assegure educação de qualidade para todos.