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TAMANHO DA FONTE

Evento debate a história do patrimonialismo no Brasil

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A Faculdade de Ciências Sociais (Facs) da UFPA promove, nesta quinta-feira, 13, às 16h, a conferência “Uma breve história do Patrimonialismo: o conceito, seus usos no Brasil e alguns elementos para a sua crítica”. A palestra será ministrada pelo pesquisador Ricardo Pagliuso Regatieri no Auditório Setorial Básico, Campus Guamá.

A conferência faz parte das atividades da disciplina Formação Social e Econômica do Brasil, ministrada pela professora Patrícia da Silva Santos ao alunos da graduação em Ciências Sociais, no entanto estudantes de áreas afins e pesquisadores com interesse em discussões sobre o assunto podem participar do evento. “A palestra deve ser relevante para todos aqueles que possuem interesse – seja acadêmico, seja informativo – em relação a problemas típicos da formação e do desenvolvimento da sociedade brasileira”, ressalta a professora Patrícia.

O evento tem como objetivo ampliar a noção sobre a questão do patrimonialismo, acompanhar sua tematização no Brasil ao longo dos séculos XX e XXI e debater sobre os problemas que o discurso do patrimonialismo traz consigo. “A Conferência visa pôr em perspectiva interpretações sobre o Brasil do campo das Ciências Sociais e apontar para o fato de que, em alguns casos, mesmo com as melhores intenções, elas se enredam em armadilhas. A questão do patrimonialismo oferece um exemplo dessas armadilhas”, explica Ricardo Regatieri.

O pesquisador comenta a percepção que a  sociedade brasileira tem a respeito do patrimonialismo e sobre a origem dessa percepção. “É muito comum que por trás da nossa percepção e dos nossos comentários sobre a corrupção esteja a ideia de que tudo já começou errado, com nossa colonização portuguesa que institucionalizou práticas como o favoritismo, o personalismo e patrimonialismo, todas elas gerando uma sociedade corrupta.”

“Estas ideias, como serão apresentadas na conferência, estão muito arraigadas no nosso imaginário nacional, e as ciências sociais do século XX contribuíram bastante para sua difusão. Esse imaginário anda de mãos dadas com um complexo de inferioridade e com uma admiração totalmente irrealista que temos pelos Estados Unidos e pela Europa. A corrupção é um fenômeno global e inseparável do capitalismo. A ideia de que o Brasil tem algum defeito de nascença, isso é um produto bem- acabado do colonialismo europeu”, salienta Regatieri.

O conferencista – Ricardo Regatieri é doutor em Sociologia pela USP. Tem suas pesquisas concentradas nas áreas da teoria sociológica, teoria crítica, história das ideias, sociologia comparativa, civilizational analysis e modernidade. Foi professor na Korea University e na Hankuk University of Foreigh Studies. Atualmente, é pós-doutorando no Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo.

Serviço:
Data: 13 de julho, das 16h às 18h
Local: Auditório Setorial Básico
Conferencista: Ricardo Pagliuso Regatieri
Entrada gratuita com certificação de 2h. Não é necessário fazer inscrição

Texto: Ananda Louzeiro/Ascom IFCH
Arte: Reprodução / Google

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