Objetivo:
**** PRAZO FINAL PARA SUBMISSÃO DE PROPOSTAS: 25/03/2024 **** O 1º CONGRESSO SOBRE O URBANO: EMENTA E APRESENTAÇÃO O I Congresso Internacional e Multidisciplinar sobre o Urbano - Cidades brasileiras: perspectivas a partir do Sul Global (sigla LS Urbano 2024), promovido pelo Laboratório Social da Síntese Eventos, e a ser realizado entre 14 e 16 de maio de 2024, na modalidade on-line/remota, objetiva fomentar a criação de um novo espaço, em perspectiva inter e multidisciplinar, destinado ao diálogo e à troca de conhecimentos voltados aos estudos das cidades e da existência humana em espaços urbanos. Segundo dados do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), mais de 56% da população mundial já vive em cidades, e a estimativa é de que esse número salte para 68% até 2050. O predomínio crescente das condições de vida e da sociabilidade humana em contextos urbanos traz consigo uma plêiade de questões e desafios. Temas como Acessibilidade e Mobilidade; Arquitetura; Pobreza e Desigualdades de Raça, Classe e Gênero; Identidade; Habitação; Migrações; Emergências Climáticas; Cultura; Lazer; Violência; Ocupação e Disputa por Espaço; Saneamento Básico e Saúde; Novas Tecnologias; Trabalho; dentre outros, são hoje incontornáveis para países e coletividades, especialmente quando podem ser impactados por epidemias e pelo aquecimento global. O I Congresso LS Urbano, 2024, convida todas(os) a pensarem as cidades enquanto espaços contraditórios: ou seja, que simultaneamente apresentam uma paisagem e uma ordenação urbana cristalizadoras de estruturas de poder, e de desigualdades sociais existentes entre seus habitantes; e, por outro lado, engendram forte potencial de plasticidade social e humana, desvelando inúmeras formas de resistência frente a projetos hegemônicos. Essa dualidade pode ser bem caracterizada quando consideramos a história e a formação das cidades brasileiras, marcadas hoje pelo empobrecimento médio de suas populações e pela elevada concentração de renda, e em cuja história de urbanização identifica-se forte influência de um planejamento urbano segregador, que cria, espacialmente falando, “enclaves” que separam e reduzem os espaços públicos comuns de circulação e trocas. Esta forma de (anti)urbanização intensifica desigualdades entre centros e periferias, dificulta o acesso de parte expressiva da população aos serviços públicos básicos e impõem desafios a gestores e formuladores de políticas públicas. Ao mesmo tempo, e nesse contexto de desigualdades, o convívio humano em cidades constitui espaço potencial para a manifestação e o surgimento de pluralidades e de diversidade; da educação e da troca de conhecimentos, da colaboração e da solidariedade, de nosso encontro com os outros, com o diferente, com aquilo que nos é muitas vezes estranho, e que abre possibilidades para a criação artística, para novas formas de ensino-aprendizagem, para novas trocas materiais e simbólicas, novas sociabilidades e o surgimento de grupos e movimentos sociais, mesmo que temporários, cujas dinâmicas de interação podem, no limite, impactar as estruturas de poder predominantes. Neste sentido, como estimular e ampliar a existência de espaços urbanos que resultem em cidades convidativas, acolhedoras, inclusivas, que nos ofertem segurança e a possibilidade de confiança em nós mesmos, e nos demais? Cidades que nos permitam, individual e coletivamente, a busca pelo bem-estar e o bem-viver comum. Considerando os temas contemplados pela Agenda 2030 da ONU em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 11 (Cidades e comunidades sustentáveis), entendemos que existe uma janela de oportunidade relevante para alavancar os debates aqui propostos. Firma-se, portanto, o convite para que professore(a)s, pesquisadore(a)s, estudantes de graduação e pós-graduação, lideranças sociais e políticas, profissionais e gestore(a)s público(a)s, privado(a)s e de organizações sem fins lucrativos encaminhem seus trabalhos e colaborem para o debate aberto e estimulante sobre nossas cidades, em perspectiva mundial, e a partir de nosso Sul Global.