No último dia 14 de novembro, foi comemorado o Dia Mundial do Diabetes e, em alusão à data, o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS) participa, neste sábado, 27, de uma ação promovida pelo Fórum Paraense do Mutirão do Diabetes. O objetivo é atender a 300 pessoas com diabetes, cadastradas no Programa Hiperdia das Unidades de Saúde do Guamá e da Terra Firme, que apresentam necessidade de investigação de retinopatia diabética, uma das principais causas de cegueira irreversível em adultos.
A equipe do Hospital Bettina, referência no atendimento de média e alta complexidade em oftalmologia, vai realizar exames de fundo de olho para a avaliação de retina, e, conforme a indicação, os pacientes serão encaminhados para o tratamento adequado, seguindo o fluxo do Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes que serão atendidos pelo mutirão fazem parte do Programa de Assistência à Hipertensão e Diabetes (Hiperdia), do Ministério da Saúde, e realizam acompanhamento nas unidades de saúde em que estão cadastrados. O Mutirão do Diabetes também atenderá a esses pacientes nas especialidades de Cardiologia, Cirurgia Vascular, Endocrinologia e Nutrição.
A retinopatia diabética é uma doença que vai evoluindo conforme o passar dos anos e está relacionada com o descontrole da glicemia, o que afeta os pequenos vasos da retina e dificulta a visão do paciente. Por se tratar de uma doença silenciosa, pacientes que possuem diabetes devem realizar, ao menos uma vez por ano, o exame de fundo de olho para investigar anormalidades na retina e, se for o caso, diagnosticar e tratar a doença.
Números – Dados da International Diabetes Federation (IDF) apontam que, em 2021, 537 milhões de adultos de 20 a 79 anos convivem com a enfermidade, e a previsão é que, em 2030, esse número salte para 643 milhõe em 2045, para 745 milhões de diabéticos. Ainda segundo a IDF, no Brasil, 46% da população com diabetes só é diagnosticada quando a doença já apresenta alguma condição irreversível. O Fórum Paraense do Mutirão de Diabetes afirma que os números alarmantes ressaltam a necessidade do diagnóstico precoce para evitar graves complicações, como a retinopatia diabética, a amputação de membros e a insuficiência renal, por isso a importância da prevenção.
Sobre a Rede Ebserh – O CHU-UFPA faz parte da Rede Ebserh desde outubro de 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Vinculadas a universidades federais, essas unidades hospitalares têm características específicas: atendem a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Dessa forma, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde da região em que as unidades estão inseridas.
Texto e foto: Assessoria Complexo Hospitalar/Ebserh