Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é uma data marcada pela luta das mulheres em busca da igualdade de direitos, livre de estigmas, estereótipos e todos os tipos de violência. Mas, com a corrente pandemia do coronavírus e a necessidade de isolamento social, essa luta tem ficado cada vez mais difícil.
A pandemia trouxe para o dia a dia das mulheres não somente o acúmulo de atividades pessoais e profissionais, mas também o aumento da violência doméstica que tem atingido índices alarmantes em todo o mundo, de acordo com dados da ONU. O confinamento tem provocado uma tensão maior entre os pares e isolado mulheres com parceiros violentos, tornando mais difícil o acesso delas a pessoas e a recursos que possam protegê-las. E para debater esse cenário e os demais desafios que as mulheres têm tido que enfrentar para uma sociedade mais igualitária, diversas unidades da UFPA irão promover eventos durante todo o mês de março.
“A gente precisa ampliar as nossas perspectivas sobre quem são as mulheres. Geralmente a gente aborda, no Dia da Mulher, o mesmo perfil de mulher. Então esses eventos são importantes para lançar luzes que é o ‘Dia das Mulheres’, de diferentes mulheres, com diferentes vivências”, pontua a professora Luanna Tomaz, do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ) da UFPA.
Mês da mulher – Desde o início de março, a Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal (Progep), por meio da Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV), está realizando o “Ciclo Mulher 2021: partilha, empoderamento e sororidade em tempos de pandemia”, com o objetivo de promover uma reflexão sobre as formas de enfrentamento do atual cenário mundial. Entre os temas que serão abordados, estão: saúde física e emocional, conciliação da vida profissional e familiar, gênero, violência, alimentação saudável e sexualidade.
A próxima webconferência do ciclo ocorre no dia 8 de março e irá falar sobre “Trabalho, Gênero e Desigualdade na Pandemia”. A programação contará com a participação das professoras Valena Jacob e Luanna Tomaz, diretora-geral e diretora-adjunta do ICJ, respectivamente. A participação é aberta para servidoras da UFPA e para colaboradoras da Ebserh. As servidoras devem se inscrever por meio do SIGRH, e os colaboradoras devem acessar o formulário específico. Para saber mais sobre a programação do Ciclo Mulher 2021, acesse aqui.
Também no dia 8, o Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública (PPGSP) reunirá oito mulheres, alunas e ex-alunas do curso de Mestrado Profissional em Segurança Pública, para compartilhar suas respectivas experiências na produção de ciência e na carreira profissional. O encontro será conduzido pela coordenadora do PPGSP, professora Silvia dos Santos Almeida, e será transmitido pela plataforma Google Meet, às 19h.
Já no dia 9 de março, às 17h, será a vez de a Clínica de Atenção à Violência (CAV/UFPA) promover a palestra “Violência contra as Mulheres com Deficiência”, que tem o objetivo de esclarecer as pessoas com deficiência sobre os tipos de violência, formas de enfrentamento e direitos. Durante o evento, será lançada, ainda, uma cartilha para a pessoa com deficiência em situação de violência. O evento será transmitido na página do Facebook da CAV, e as inscrições podem ser feitas aqui.
A palestra contará com a participação de representantes de diversas instituições: Luanna Tomaz (CAV), Gisele Costa (OAB/Conade), Jô Braga (GAOPA), Kamilla Sastre (Prefeitura de Belém), Pérola de Souza (ADD-UFPA), Paola Reys (CIIR ), Cristina Serra (Amora), Ana Vitória Simião (MOAB) e Edilene Barata (ONG APAN).
Lugar de escuta – No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, às 19, também será realizada uma live para o lançamento do Projeto “Ouvidar: dar ouvido às mulheres invisibilizadas através do tempo”, desenvolvido por uma equipe de mulheres composta por representantes da UFPA, UFSC, UEPA e Ministério Público do Estado do Pará. O objetivo do projeto é se tornar um lugar de escuta para mulheres de diferentes lugares, que serão convidadas a escrever cartas em um tecido ao mesmo tempo em que desenvolvem atividades manuais, tais como: bordado, costura, desenho e colagem.
No primeiro momento, essas mulheres serão reveladas em uma exposição de cartas escritas por elas e, no segundo momento, haverá a publicação de um livro com as cartas escritas, para que as futuras gerações possam ter conhecimento dessas vivências. “Essas mulheres idosas guardam memórias, histórias e, em cada uma delas, formas de falar e de ser. Promover e registrar esse vocabulário é importante para preservar o patrimônio cultural da Amazônia”, explica Marilucia Oliveira, pesquisadora da UFPA que integra a equipe do projeto.
Para mais informações sobre o Ouvidar, acesse aqui.
Texto e arte: Assessoria de Comunicação da UFPA