Para comemorar os 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) foram contempladas com o edital para as Cátedras Comissão Fulbright de Estudos Brasil-EUA. Com a proposta Collaborative Research and Innovation for Amazon Sustainability (Crias), a UFPA concorreu com outras 38 instituições. As duas cátedras funcionarão entre os anos de 2025 e 2029.

Em maio deste ano, a Comissão Fulbright convidou instituições brasileiras de ensino superior a apresentarem propostas para o estabelecimento das duas cátedras de ensino. As 38 instituições de ensino apresentaram propostas que têm o objetivo estratégico de fortalecer a relação entre os dois países, por meio de estudos que abordem desafios tecnológicos, econômicos, políticos, sociais e culturais, de modo a aprofundar os laços colaborativos para a integração de pesquisa acadêmica e do discurso público.

A UFPA concorreu com o Projeto “Collaborative Research and Innovation for Amazon Sustainability” (Crias), que reflete o compromisso da Universidade com a pesquisa colaborativa e a inovação voltada para a sustentabilidade da Amazônia. A proposta tem o diferencial de criar e integrar plataformas interdisciplinares e colaborativas, com um modelo que combina ciência e conhecimento técnico com saberes culturais e dinâmicas sociais da região, e contempla cinco temas que são considerados prioritários para a Amazônia e beneficiados pela cátedra: Políticas Ambientais e Mudanças Climáticas (2025); Saúde Pública e Pesquisa Biomédica (2026); Inovação Tecnológica e Colaboração (2027); Questões Legais e de Direitos Humanos (2028) e Colaboração Educacional e Acadêmica (2029). 

“A colaboração estreita, viabilizada pela cátedra, entre cientistas dos EUA e do Brasil, terá impactos profundos e duradouros para nossa região, em temas como mudanças climáticas, inovação tecnológica, saúde pública e direitos humanos​. As expectativas giram em torno de uma série de atividades e resultados com impacto interdisciplinar, científico e social​”, diz o professor Leandro Juen, coordenador da proposta.

Para mediar esse intercâmbio de conhecimentos entre Brasil e Estados Unidos, fomentando pesquisas pioneiras e troca de experiências entre acadêmicos dos dois países, dentro dos projetos serão realizados cursos, palestras, workshops, eventos, discussões comunitárias, artigos científicos, livros, desenvolvimento de livros, relatórios técnicos, materiais educacionais, projetos de extensão, propostas de políticas públicas, serviços de consultoria, boletins informativos e produções audiovisuais, entre outras possibilidades de produção científica.

Sobre a Fulbright – Liderada pelo governo dos Estados Unidos e presente desde 1957 no Brasil, a Fulbright  tem marcado a sua atuação no Brasil pelo desenvolvimento de cooperações científicas que facilitam o trabalho conjunto de pesquisadoras(es) brasileiras(os) e norte-americanas(os). Em parceria com mais de 160 países ao redor do mundo, a comissão oferece bolsas para estudantes, acadêmicos, artistas, cientistas, professores e profissionais que desejam compartilhar conhecimento e aprimorar seus talentos.