Antes, o dia 17 de julho era considerado apenas o Dia do Curupira, personagem do folclore brasileiro conhecido por fazer chacota daqueles que danificam a floresta. Como o defensor das florestas é uma lenda, foi também instituído, nessa data, o Dia de Proteção às Florestas, para ressaltar que a educação ambiental e a preservação da natureza são necessárias e precisam ser praticadas por nós, todos os dias.
De acordo com a engenheira florestal da Prefeitura Multicampi da UFPA Tatiana da Cunha Castro a não conservação das florestas pode gerar vários impactos ambientais, entre eles: a desregulação do clima, a redução das águas dos rios e a perda de biodiversidade (flora e fauna). As florestas são geradoras de serviços ambientais e fornecem diversos produtos, como madeira, frutos, cascas, óleos, entre outros, que são importantes para a economia local e nacional.
“A utilização sustentável das florestas é, sem dúvida, uma das principais formas de conservá-las, garantindo que seus benefícios sejam gerados continuamente – proteção das bacias hidrográficas, redução da poluição do ar, regulação da pluviosidade e manutenção da biodiversidade. Além disso, devemos ter consciência de sua importância ambiental, social e econômica”, completa.
Os incidentes mais comuns nas florestas brasileiras, segundo Tatiana, são o desmatamento e os incêndios florestais. Para denunciar essas e outras ações danosas às florestas, deve-se recorrer ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ao Ministério Público, às Secretarias Municipais e Estaduais de Meio Ambiente, entre outros órgãos públicos.
Floresta brasileira – No Brasil, os primeiros dispositivos legais sobre florestas surgem no século XVII. Naquela época, a exploração de madeira era uma das atividades mais produtivas no País. Por muitos anos, a proteção das florestas esteve relacionada à condição econômica de exploração da matéria-prima.
O Estado do Paraná, em 1907, foi o pioneiro na aprovação de um Código Florestal no Brasil. A motivação por trás deste código tinha o viés econômico, visando ao controle do mercado e da produção de madeira. Apesar do viés econômico, o Código Florestal do Paraná representou um avanço importante, não apenas por ser o primeiro no País, mas também por criar conceitos, como encostas, solo e florestas protetoras. Com a Constituição de 1934, foi estabelecido o primeiro Código Florestal nacional.
Texto: Elizandra Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA
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