Com forte discurso de Chimamanda Ngozi Adichie, autora nigeriana radicada nos Estados Unidos, aconteceu, na manhã desta terça-feira, dia 9, na Alemanha, a Frankfurter Buchmesse Opening Press Conference, evento que reúne jornalistas de diversos países e abre os trabalhos da Feira do Livro de Frankfurt, maior evento mundial de mídia impressa e digital. A conferência de imprensa contou também com a presença de Juergen Boos, diretor geral da Feira, e de Heinrich Riethmüller, presidente da Associação Alemã de Editores e de Livreiros. A edição deste ano coincide com os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os três discursos focaram nos direitos humanos e no papel que a literatura tem na sua garantia.
Além de seus contos e romances, traduzidos para mais de trinta idiomas, Chimamanda é reconhecida por seus livros e palestras sobre feminismo, como Sejamos Todos Feministas, publicado pela Companhia das Letras em 2014, e Querida Ijeawele ou Um Manifesto Feminista em 15 Sugestões, que virou livro em edição da Literatura Random House, em 2017.
Ativista em prol dos direitos das mulheres e na luta contra a discriminação sexual, Chimamanda falou da importância sociopolítica da literatura: “a arte pode iluminar a política”, disse. “É importante ter uma grande diversidade de vozes não porque queremos ser politicamente corretos, mas porque queremos ser corretos. Não podemos entender o mundo se continuarmos a fingir que uma pequena fração representa o mundo inteiro”. O presidente da Associação Alemã de Editores e Livreiros, Heirich Riethmüller, enfatizou que “livrarias e editoras têm a responsabilidade de ajudar a moldar uma sociedade baseada nos direitos humanos”. Chimamanda concluiu seu discurso afirmando que “é hora de os homens lerem livros escritos por mulheres”.
Na abertura, a Feira de Frankfurt e as Nações Unidas lançaram a campanha #OnTheSamePage, que visa motivar a indústria mundial do livro a atuar pela garantia do respeito aos direitos humanos.
A Feira de Frankfurt é o mais importante espaço para o mercado internacional de conteúdo, bem como um significativo criador de tendências para a sociedade e um importante festival cultural. No ano passado, 286.425 visitantes prestigiaram os estandes ou participaram de um dos quarto mil eventos que integraram a Feira. Em 2018, o país convidado de honra é a Geórgia. Localizado na Europa oriental, a capital do país é Tbilisi e sua história remonta ao século IV a. C, tendo declarado independência do império russo somente em 1918.
A Editora da UFPA (ed.ufpa) participa da Feira de Frankfurt com seus mais recentes lançamentos para divulgar mundialmente o trabalho editorial da Universidade Federal do Pará. A participação da ed.ufpa na Feira ocorre no âmbito do Projeto Brazilian Publishers (BP), uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Neste ano, a ed.ufpa é representada pela publicitária Nícia Salimos. A oportunidade de interagir com o ambiente da “Frankfurter Buchmesse” contribui com a formação dos profissionais que atuam no ambiente editorial. Assim, o revezamento da representação da ed.ufpa no evento tem possibilitado o aprimoramento de toda a equipe.
A 70ª edição da Feira abriu as portas para profissionais do mercado editorial e jornalistas ontem, dia 10, e receberá o público em geral nos dias 13 e 14 de outubro.
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Serviço:
Feira do Livro de Frankfurt 2018
10 a 14 de outubro
Messe Frankfurt, centro de eventos da cidade alemã.
Site oficial: www.buchmesse.de/en
Texto: Divulgação ed.ufpa
Fotos: Crédito: Frankfurter Buchmesse e Nícia Salimos