UFPA pactua meta “lixo zero” em ação estratégica de sustentabilidade ambiental

Com o objetivo de ampliar e sistematizar as boas práticas voltadas para a gestão sustentável de resíduos, a Universidade Federal do Pará (UFPA) deu início ao diagnóstico institucional que servirá de base para a construção do Plano “UFPA Lixo Zero”. 

As ações prioritárias de redução progressiva da geração de rejeitos, ampliação de compostagem de resíduos orgânicos e a destinação correta e solidária dos recicláveis fazem parte do Termo de Compromisso assinado pela Universidade com o Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB) e o Movimento República de Emaús.

Para a implementação da estratégia institucional, formalizada durante o Seminário de Boas Práticas por uma UFPA Lixo Zero, realizado pela Prefeitura Multicampi, a UFPA instituirá o Comitê Interdisciplinar Lixo Zero. Entre outras atribuições, a comissão elaborará o Plano Diretor Lixo Zero da UFPA e promoverá campanhas educativas e a mobilização e articulação de parcerias técnicas e institucionais.

As metas se orientarão segundo a hierarquia lixo zero: repensar (projetar e planejar sistemas para eliminar o conceito de “lixo”); reduzir; reusar; recuperar/redistribuir; reciclar; compostar; e a destinação de forma ambientalmente adequada a resíduos remanescentes (rejeitos) que não puderem ser recuperados. Segundo essa hierarquia, a incineração e aterro não fazem parte do conceito Lixo Zero e devem ser progressivamente eliminados do horizonte institucional.

De acordo com a vice-reitora da UFPA, Loiane Verbicaro, a Universidade tem avançado no compromisso com a responsabilidade social e a proteção ao meio ambiente faz parte desse compromisso. “A proteção ambiental impacta diretamente na proteção social, em uma sociedade mais inclusiva, mais democrática. Existe um trabalho já muito forte feito pela nossa universidade, tanto pela nossa Prefeitura quanto pela nossa Pró-Reitoria de Administração, e tantas outras lideranças acadêmicas e de gestão, que já tocam ações concretas e um planejamento estratégico em relação à redução de lixo. Então é muito importante para nós cada vez mais empreendermos esforços para a reutilização, a reciclagem, e todas as formas que podemos ter de causar um impacto cada vez menor na nossa natureza”. 

O pró-reitor de Administração Raimundo da Costa Almeida destacou que a estratégia exige planejamento e integração de todas as áreas. “Essa pactuação representa um marco para a nossa gestão. Vamos trabalhar para que todos os processos institucionais considerem a lógica do lixo zero, desde a contratação de serviços até a compra de materiais. Isso requer integração e acompanhamento constante, estaremos juntos com as demais unidades para garantir que o plano seja efetivo”. 

O prefeito Multicampi, Eliomar Azevedo, ressaltou que o compromisso influencia práticas sociais. “Queremos transformar nossos campi em espaços-modelo de gestão sustentável de resíduos. Isso começa com diagnóstico, passa pelo planejamento e vai até a mudança de cultura da comunidade acadêmica. Não é apenas uma ação administrativa, mas um movimento educativo e cultural que precisa do engajamento de todos.”

Pacto coletivo – Além de um compromisso com o Lixo Zero e o cumprimento de metas, o engajamento da Universidade, segundo a vice-reitora, é um pacto coletivo: “O lançamento da comissão de sustentabilidade na UFPA pensa exatamente na transversalidade desse tema para as nossas ações de ensino, pesquisa, extensão, inovação, arte, cultura, lazer, esporte, alimentação, participação social, governança. Ou seja, falar em sustentabilidade é falar na necessidade de um atravessamento em todo o coletivo da nossa universidade e também da nossa sociedade, e nós só conseguiremos fazer em conjunto, coletivamente.”

A pactuação dos princípios do lixo zero, para o presidente do ILZB, Rodrigo Sabatini, é uma meta de cidadania e faz da universidade exemplo. “A universidade, sendo uma instituição pública de ensino e de difusão do conhecimento, passa a ser um laboratório vivo para poder inspirar a sociedade a fazer o seu papel. Assinar esse termo de compromisso hoje é muito simbólico, porque daqui sai o conhecimento, daqui saem as novas gerações, as universidades são fundamentais para o desenvolvimento do conceito de Lixo Zero que hoje está em todo o país e em toda a América Latina”, avaliou Sabatini. 

Para o representante do Movimento República de Emaús, José Maria Amorim Dias, a colaboração com a UFPA reforça o compromisso que já é realizado por meio de ações transversais das disciplinas e dos diversos colegiados de curso, e que agora “aumenta na comunidade e, na cidade de forma geral, o conhecimento das estratégias que nós estamos buscando para a cidade.”

Campus Piloto

O Campus Marajó-Soure será o primeiro a receber o projeto “UFPA Lixo Zero”, funcionando como laboratório de práticas, mensuração e referência replicável para os demais campi. O Instituto Lixo Zero Brasil, em parceria com o Movimento República de Emaús e demais entidades do Pacto por Belém Lixo Zero, oferecerá suporte técnico e pedagógico, bem como acompanhamento avaliativo das ações.

Leia mais:

TEXTO: Keila Gibson Rebelo - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

FOTOS: Heloísa Torres - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

Relação com os ODS da ONU:

ODS 9 - Indústria, Inovação e InfraestruturaODS 11 - Cidades e Comunidades SustentáveisODS 12 - Consumo e Produção ResponsáveisODS 13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima

Leia também

Compartilhe

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp
Email
Print
Pular para o conteúdo